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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

PUREZA




Um dia, nela, algo cresceu
O amor encontrou seu lugar
Dentro de seu coração
Fez-lhe acreditar que tudo no mundo
Era puro
Ela vivia um sonho
Um sonho belo
E impossível

Um dia, ela descobriu
O amor que encontrara seu lugar
Se perdeu nos labirintos  de seu peito
Ela tentou rearrumar,
Rearranjar a pureza,
Que a tomou, desde que seus lábios
Descobriram o gosto do amor

Para ela, é tarde
Já perdera a única certeza de sua vida
A certeza de que a nobreza do sentir
Já existira
Seu amado a enterrou bem fundo
Enterrou-a dentro da escuridão do esquecimento
Não se importou com sua agonia
E a abstinência que sua não mais amada
Sentia


Ela fez o mesmo
O esqueceu dentro de uma caixinha
Onde só ficam lembranças tristes
E que ela chama de razão
A mesma razão que a auxilia
Na difícil missão de apagar
A pureza ainda existente.



"Há sempre um pouco de loucura no amor,
porém há sempre um pouco de razão na loucura".
(Frederick Nietzsche)